domingo, 31 de janeiro de 2021

Favoritos de Janeiro



DECORAÇÃO
H&M Home
Espelho e Organizador de Maquilhagem - Gostei muito deste conjunto em dourado e comprei-o com o intuito de substituir os livros que estão nas prateleiras que se encontram perto da secretária, pois é esse o espaço que utilizo para me maquilhar. Além disso, estou a espera que chegue uma estante que os meus pais me deram no Natal, para colocar lá todos os livros que tenho e fazer uma espécie de cantinho de leitura, que mais tarde partilharei aqui pelo blog.


Vaso - Este vaso fará parte da tal estante de que estou à espera e confesso que, ao ver a imagem do site, me pareceu pequeno e fiquei muito espantada quando o recebi e vi que era muito maior do que aparentava, mas acho que gosto ainda mais assim, e gostei muito de o ver com uma planta que já aqui tinha.




SÉRIES

The Crown

Tal como a maioria das pessoas que conheço, também eu me rendi a esta série que retrata a vida da Rainha de Inglaterra. Desde as responsabilidades, às polémicas, aos dramas familiares, tem tudo para ser uma excelente série. Confesso que no início, achei que ia ser extremamente aborrecida, até porque não sou a maior fã de dramas históricos,  mas com o decorrer da série e, tendo em conta que a história foi obviamente romantizada de modo a tornar-se mais cativante para o espectador, acho que tem vários acontecimentos fiéis à realidade e é muito interessante pelo facto de nos ensinar a história de Inglaterra e da rainha. Destaco o papel de John Lithgow como Winston Churchill, uma das personagens de maior relevo na primeira temporada e na nossa história, que protagoniza aquele que é, até agora (estou no início da 3ª temporada), o meu episódio preferido: Assassins (episódio 9).


FILMES

Pieces of a Woman, Kornél Mundruczó

Esta é a história de um casal que está prestes a ter uma filha e que decide que o parto será em casa, mas algo corre mal. 

Começa com algumas cenas muito cruas de um parto doloroso e angustiante, sempre com a sensação de que algo não está bem. E efetivamente, não está. Com temáticas como a perda, a revolta e sensação de incapacidade, esta é a história de Martha e Sean e de como um acontecimento tão marcante e doloroso afeta as suas vidas e a sua relação. 

Achei a primeira parte do filme tão bem realizada e cheia de pormenores de grande relevância, mas à medida que a história ia avançando, foi perdendo a intensidade, até chegar ao final que, confesso, soube-me a pouco.

Pelo contrário, Shia LaBeouf e, especialmente Vanessa Kirby, mantiveram sempre interpretações exímias e foram eles que fizeram este filme brilhar.



Howl's Moving Castle, Hayao Miyazaki

Ultimamente, tem-me surgido algum interesse por filmes de anime e na minha lista constava este filme já há algum tempo. Esta história tem início com a personagem principal Sophie, que é uma jovem transformada em idosa por uma bruxa. Sophie, sendo introvertida, acaba por não desgostar assim tanto desta sua versão pois consegue escapar ao angustiante processo de crescimento. Na sua viagem para tentar reverter este feitiço encontra-se com outros personagens como Howl (o eterno adolescente que gosta da liberdade mas não das responsabilidades da vida adulta), Markl (um rapazinho cujo emprego envolve fingir-se de adulto e que foi obrigado a crescer muito depressa) e Calcifer (personifica uma chama de fogo que, de algum modo, tem uma ligação com Howl e que demonstra ter várias questões existenciais acerca da mudança e da morte). No fundo, o que une estes personagens é o medo de crescer e a tendência a permanecerem sempre no mesmo lugar, não querendo crescer nem seguir com as suas vidas. A sua amizade, união e entreajuda vai ajudá-los a superar os seus medos e a vivenciar experiências incríveis. Aconselho quer a adultos, quer a crianças. Um excelente filme para se ver num serão em família. 

Marriage Story, Noah Baumbach

Uma história crua e realista sobre a angústia e a dor da separação de um casal e da luta pela custódia do seu filho. Tem início com os momentos altos da sua relação, ao serem lidas cartas sobre o que cada um aprecia mais no outro. Desde aí foi uma espiral descendente de raiva, frustração e medo de ambas as partes, lançando "golpes" um ao outro constantemente e lutando aguerridamente pelo filho em comum. Performances sublimes de Scarlet Johansen e Adam Driver. Só não sei como não vi este filme antes. Belo e profundo, um filme que todos deviam ver, na minha opinião.
 


LIVROS

Um Homem Chamado Ove, Fredrik Backman

Sem dúvida uma das histórias mais doces e cativantes que já li. Sobre um homem rabugento e peculiar, que se torna ainda mais rabugento após a morte da sua mulher. Após ter sido despedido, Ove tenta suicidar-se. Mas graças aos vizinhos que vai conhecendo e a todas as peripécias que vai vivendo, as tentativas de pôr fim à vida tornam-se cada vez mais difíceis de concretizar. Com muita emoção, humor, tristeza e diversão, este é um livro que aconselho a qualquer um, pois é uma abordagem leve e divertida a acontecimentos trágicos e infelizes. Em breve, farei review completa aqui no blog.


OUTROS

Kit Numerado de Pintura "By You"

Esta foi a prenda de Natal que recebi do Amigo Secreto que fiz com o meu grupo de amigas. Achei uma ideia super original e útil para esta época de confinamento. Só o facto de estar tão concentrada a pintar este desenho, ajuda-me a abstrair de tudo o que me rodeia e no final ainda ficarei com uma fotografia pintada que irei, certamente, utilizar como peça de decoração. Se ficaram interessados visitem a conta de instagram: @byyou.artkits.



E vocês? Quais foram os vossos favoritos deste mês? Contem-me tudo na caixa de comentários!


domingo, 24 de janeiro de 2021

LIVROS | A Campânula de Vidro, Sylvia Plath

Já há muito tempo que queria ler este livro, pois já tinha visto várias reviews espetaculares acerca desta obra de Sylvia Plath e, por isso, as expetativas eram elevadas. Confesso que me desiludi um pouco. Não me interpretem mal, é uma obra excelente e muito importante acerca de temas como o empoderamento feminino, a saúde mental e os padrões da nossa sociedade, algo que me diz muito e sobre os quais tenho opiniões muito marcadas. No entanto, sinto que foi um pouco difícil criar uma ligação com a protagonista, pois apresenta uma atitude algo fria perante tudo o que lhe acontece.

Esta é uma história autobiográfica, protagonizada por Esther Greenwood, uma jovem de 19 anos, que tem o sonho de ser escritora. Aparenta ter uma vida perfeita planeada. Tem excelentes notas e recebe um convite para ser guesteditor numa famosa revista de moda, durante o verão. Mas as coisas não são bem o que parecem. Ao longo da narrativa podemos observar Esther deixar-se cair numa espiral de depressão e pensamentos suicidas. Tem muitas dificuldades em definir a sua verdadeira identidade e tomar decisões para a sua própria vida, assim como se recusa a viver segundo as normas da sociedade, tais como o facto de os homens terem mais direitos do que as mulheres ou de não ser bem visto pelos outros que uma mulher não queira casar.

Grande parte desta narrativa passa-se em instituições psiquiátricas e sobre como eram tratadas, na altura, as pessoas que sofriam doenças mentais, o que pode ser bastante chocante, para algumas pessoas. Desde lobotomias a choques elétricos, esta obra é também uma crítica a este tipo de tratamentos antiéticos e, na maioria dos casos, ineficazes. Felizmente, a ciência tem evoluído desde essa altura e já existem muitos estudos acerca de novas medicações, entre outro tipo de tratamentos.

De uma forma geral, sinto que este livro nos abre os olhos para algo que penso existir muito em falta, nos dias que correm, que é a empatia. Percebemos com a história de Sylvia Plath que nem tudo o que aparentamos ser demonstra o que realmente pensamos e sentimos e é preciso ter alguma sensibilidade para perceber isso e para perceber que os nossos atos tem repercussões nos outros. De um modo geral, gostei muito deste livro, pelas temáticas abordadas, ainda que tenha defraudado um pouco as minhas expetativas.


“Para a pessoa dentro da campânula de vidro, vazia e imóvel como um bebé morto, o próprio mundo não passa de um sonho mau. ”


Pontuação: 7/10

domingo, 10 de janeiro de 2021

LIVROS | O Fio da Navalha, W. Somerset Maugham

 


Como já tinha dito numa publicação anterior, este foi um dos livros que mais gostei de ler em 2020 e o foi, sem dúvida, o que mais me surpreendeu, pois apesar de ser considerado um clássico, não é dos mais falados e portanto, peguei nele sem grandes expetativas.

Esta é a história de Larry Darrell, um jovem que, após ter sido salvo por um amigo na guerra, começa a questionar o mundo que o rodeia e tudo aquilo em que acredita. Ao recusar viver segundo as convenções impostas pela sociedade, para buscar o sentido da vida, Larry torna-se simultaneamente uma frustração para os que o rodeiam – principalmente para Isabel, a namorada, que lhe exige que arranje um trabalho e se comporte de acordo com as normas da sociedade da época e Elliott, tio desta, que cultiva acima de tudo a aceitação e o prestígio sociais – e a personificação de um ideal de espiritualidade e de não-compromisso.

Bem, é um bocado difícil de fazer a análise deste livro, devido à sua complexidade, pois várias personagens se tornam o foco da leitura, à medida que a história avança. Mas, no fundo, a mensagem que esta história nos transmite é que nunca vamos ter uma resposta para qual é o sentido da vida, até porque o sentido da vida difere de pessoa para pessoa. O protagonista, Larry, é um personagem enigmático e idealista. Passa grande parte deste romance à procura de se encontrar e de perceber qual o seu propósito no mundo. Inclusive viaja para diferentes países e faz uma vasta análise às diferentes religiões, de modo a perceber se alguma delas responde às suas perguntas. Depois temos Isabel, que educada pela sua mãe e pelo seu tio, sempre teve como ideal um homem a seu lado que a amasse e que trabalhasse para poder dar uma boa vida à família. À sua semelhança, o seu tio Elliott, que vive em busca da aprovação externa de outros,  faz tudo em prol daquilo que ficará bem à vista da alta sociedade, personificando o "snobismo". Por sua vez, Gray, amigo de Larry e Isabel, apaixonado por esta última, vive para ter um trabalho que seja seguro e lucrativo. Por fim, acrescento Sophie, amiga de Larry, uma personagem que perde tudo aquilo que mais ama e que, por essa razão, deixa de sentir que tem um sentido para a sua vida. Deste modo, acho que, qualquer leitor se sentirá identificado, quanto mais não seja, por perceber que cada pessoa tem o seu propósito e que não existe certo nem errado, desde que nos mantenhamos fiéis aos nossos próprios princípios e valores.

Um pormenor que achei muito interessante e curioso, foi o facto de o próprio autor deste livro, W. Somerset Maugham, se ter incluído como um dos personagens, tornando-se o narrador destas histórias e o confidente da grande maioria dos personagens.
Gostei imenso da escrita do autor e do modo como conduziu as diferentes histórias e, sobretudo, da mensagem que transmitiu com esta obra. Identifiquei-me com Larry em muitos momentos, o que tornou esta leitura ainda mais especial. 
Fica assim a promessa de ler mais obras deste autor, nomeadamente Servidão Humana, que já ouvi falar muito bem e me deixou muito curiosa.


"Acho que nunca terei paz até me decidir sobre certas coisas. É muito difícil traduzi-lo por palavras. No momento em que se tenta, sentimos vergonha e dizemos a nós próprios: «Quem sou eu para matar a cabeça com isto, aquilo ou aqueloutro? Talvez eu não passe dum pedante, dum convencido. Não seria melhor fazer o que todos fazem e esperar o que a vida me reserva?». E depois pensamos num tipo que uma hora antes estava a rir, cheio de vida, e de repente está morto; é tudo tão cruel, tão sem significado. É difícil não nos questionarmos sobre a essência da vida, sobre se faz algum sentido ou se tudo não passa de um erro trágico dum destino cego."


Pontuação: 8,5/10



sábado, 2 de janeiro de 2021

Fotografias Que Mais Gostei de Tirar Em 2020

Devido ao período de confinamento, não consegui concretizar grande parte das minhas ideias, no que toca à fotografia e, espero que em 2021 isso mude. Ainda assim, orgulho-me de ter conseguido pôr em prática alguns dos planos que tinha, nomeadamente a publicação que fiz acerca de saúde mental, pois achei que nunca fez tanto sentido e por ter sido uma ideia que já tinha há algum tempo e finalmente consegui realizar essa publicação. Deixo então, aqui, um resumo de algumas das fotos que mais gostei de tirar em 2020, na esperança de, em 2021, conseguir aprender mais sobre fotografia e conseguir ter e concretizar ideias mais inovadoras e bonitas.




Qual a vossa preferida? Dêem a vossa opinião nos comentários!